Pensamento y Revolução

Pensamento y Revolução
"A emancipação do proletariado é tarefa do próprio proletariado" A História cobra muito caro pelas nossas vacilações.É hora de aprofundsar o combate pela organização internacional do proletariado.As crises do sistema capitalista se avolumam, não é chegada a hora para vacilações. Para que não se perca o trem da revolução numa nova vaga revolucionária que se avizinhe.

domingo, 7 de agosto de 2011

O que é uma Revolução?

O que é uma Revolução?
Companheiros.
Foi uma boa descoberta este site; (http ://marxist.cloudacess.net/ver/93-what-is-a-revolution.html).
 Algumas questões são relevantes e devem ser aprofundadas diante da tendência forte, que percebo, nas esquerdas de se perderem nos caminhos institucionais. Há dois pontos a ponderar:
1. "tomada de poder" (um processo de tomar o poder de um estado burguês não nos conduzirá a tomada de uma máquina criada com o fim determinado de servir aos interesses da burguesia? Isso não abrirá espaço para a cristalização de uma casta burocrática que se mantenha com um discurso "socialista", mas se mantendo através da exploração da mais-valia do proletariado e transformando o processo revolucionário desencadeado rumo ao socialismo revolucionário, em capitalismo de estado (ou de partido), como aconteceu na URSS?)
 2. “tarefas democráticas”. "A classe trabalhadora deve realizar as tarefas da revolução democrático-burguesa, realizado pela classe capitalista em ascensão nos países desenvolvidos." citado no magnífico Programa de Transição de Trotsky. Isso necessita certa cautela por parte dos revolucionários, pois essas "tarefas democráticas" são impossíveis de serem executadas dentro de um estado burguês, mas só num momento de transição revolucionária, sob o comando dos revolucionários, através dos seus CONSELHOS. A democracia é uma utopia burguesa que só se concretiza num estado sob o controle do proletariado e através de suas organizações revolucionária.
Portanto, companheiros, é um erro investir energia, que devem ser canalizadas para a revolução, num estado burguês, nas suas lutas institucionais. Esse erro tem sido repetido pelas esquerdas (das revisionistas às que se dizem mais revolucionárias) ao longo da história (principalmente após a 2ª Guerra). Trabalhando seu calendário o subordinado às eleições burguesas, as disputas gramiscista em causas secundárias (e impossíveis de serem solucionadas fora do campo da Revolução Socialista) deixando de lado (talvez pela dificuldade de se inserir no movimento operário) o que é fundamental; a Luta de Classe. Transcrevo abaixo a tradução do texto.
Ana Fuentes Garcia  

(recebido por e-mail)
Maziar Razi
Marx explicou que a revolução se faz através do conflito entre as forças de produção em uma sociedade com as relações de forças, ou seja, a forma de propriedade na sociedade. A Revolução é o processo pelo qual este conflito pode ser resolvido.
Quando a burguesia chegou ao poder através da luta contra o feudalismo, eles desenvolveram as forças produtivas. A posse da propriedade era incompatível com o desenvolvimento das forças produtivas sob o feudalismo por isso não havia necessidade de uma revolução imediata contra a burguesia da época. Através de várias décadas temos assistido a contenção do desenvolvimento das forças produtivas, impedindo a melhoria da vida da maioria das pessoas do mundo.
Por exemplo, quando assistimos o resgate de 30 mineiros no Chile presos no subsolo durante mais de dois meses. Por que foram colocados nesta posição, quando temos a tecnologia para extrair materiais ou podemos desenvolver a tecnologia para fazer isso?
A razão é que não é lucrativo para o capitalismo. É o Estado burguês que está impedindo o desenvolvimento das forças produtivas em escala mundial.
A centralidade para o processo revolucionário é a luta da única classe revolucionária, a classe trabalhadora, para derrubar toda a máquina do Estado. Não pode haver compromisso.
Após a Comuna de Paris, Marx disse especificamente que não há outro caminho para alcançar a prosperidade para todos, só através de uma revolução socialista mundial e que o mundo estava pronto para isso. Isso só pode acontecer através da tomada do poder do Estado pela classe trabalhadora, para esmagar todos os elementos do Estado burguês.
Essas idéias foram desenvolvidas após Marx. A Revolução Russa foi baseada nas teorias de Marx e desenvolvida sob o Comintern. Trotsky desenvolveu o pensamento de Marx, em especial no Programa de Transição, explicando a disponibilidade objetiva do mundo para a revolução, mas que é a o impedimento deste processo se deve ao fator subjetivo. Na social democracia de um lado e o stalinismo de outro, representaram uma traição do marxismo.
Quando falamos sobre a revolução, estamos a falando da luta pelo poder do Estado pela classe trabalhadora com a finalidade de começar a desenvolver as forças produtivas o benefício de toda a sociedade.
Mais especificamente um aumento da consciência do proletariado e sua revolta não conduzem obrigatoriamente a revolução e pode converter-se a um movimento para a democracia burguesa. Precisamos analisar todos os elementos, a situação objetiva e o fator subjetivo.
Verificar se as condições atuais estão maduras para desencadear uma situação revolucionária? São os governantes capazes de governar à maneira antiga? A burguesia ainda consegue fazer o 'governado' aceitar os governantes? Existe uma profunda crise econômica na sociedade? Mais importante, saber se a classe trabalhadora pronta para tomar o poder?
Quando falamos sobre a revolução que queremos estamos falando da Revolução Socialista. E as condições estão maduras para uma revolução socialista?
Situações Revolucionárias - quando as condições estão maduras, surgem muitas vezes, particularmente no mundo subdesenvolvido, onde a burguesia é incapaz de desenvolver a sociedade, realizando no mínimo, as tarefas democrático-burguesa. No entanto, a ausência do partido de vanguarda para se preparar para o poder é o fator chave para o fracasso das revoluções. A burguesia dos países subdesenvolvidos é muito ligada à classe capitalista internacional, ou seja, às potências imperialistas, o que as impede de desempenhar um papel progressista que eles tradicionalmente fizeram no passado. Seu papel é agora reacionário. Movimentos sob sua liderança não são revolucionárias e conduzem o proletariado a derrotas, quando se aliam a eles nessas aventuras. Trotsky explica bem esta situação em seu livro Teoria da Revolução Permanente. A classe trabalhadora deve realizar as tarefas da revolução democrático-burguesa,  realizada pelos capitalista em ascensão nos países desenvolvidos.*
Transcrito de parte de uma entrevista por Luta do Trabalho, Outubro de 2010
*2. “tarefas democráticas”. "A classe trabalhadora deve realizar as tarefas da revolução democrático-burguesa, realizado pela classe capitalista em ascensão nos países desenvolvidos." Depois da Revolução Francesa, a burguesia se mostra totalmente incapaz de realizar "tarefas democráticxas", conforme é citado no Programa de Transição de Trotsky.
Isso necessita certa cautela por parte dos revolucionários, pois essas "tarefas democráticas" são impossíveis de serem executadas dentro de um estado burguês, mas só num momento de transição revolucionária, sob o comando dos revolucionários, através dos seus CONSELHOS, de suas formas de organização independente do estado burguês. A democracia é uma utopia burguesa que só se concretiza num estado sob o controle do proletariado e através de suas organizações revolucionária, portanto sempre que ouço "tarefas democráticas" penso sim nas "tarefas revolucionárias".

Ana Fuentes Garcia  

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