Pensamento y Revolução

Pensamento y Revolução
"A emancipação do proletariado é tarefa do próprio proletariado" A História cobra muito caro pelas nossas vacilações.É hora de aprofundsar o combate pela organização internacional do proletariado.As crises do sistema capitalista se avolumam, não é chegada a hora para vacilações. Para que não se perca o trem da revolução numa nova vaga revolucionária que se avizinhe.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

..."ONDE ANDARÁ NICANOR?"...

Onde andará meu povo?
Na iluminação distante,
na solidão de um banco universitrário,
na prensa da fábrica,
na multidão que passa
emudecida, acabrunhada?
Onde andará meu povo?
O antigo camarada,
que ao meu lado sonhavamos,
mangas arregaçadas...
Nossas vidas pela revolução!
Cadê você camarada?
Onde andará meu povo?
Éramos tantos,
caminhávamos lado à lado
nas sombras da clandestinidade,
nos reconhecendo pelo tato.
Éramos todos, éramos uno
nos sonhos,nas derrotas,nas lutas,
nos galpões da ditadura.
Se amando solidários, solitários...
Tateávamos na escuridão do tempo,
rumo ao socialismo,
rumo |à Revolução.
Tinhamos carinho y Paixão.
Onde andará meu povo?
Procuro nas ruas,nas caras,
na vida, no tato, no olfato...
Encontro pessoas perdidas,
estranhos caminhando solitários,
na ausência de sonhos solidários,
coletivos, sem perspectivas no amanhã.
Ah, onde se escondeu meu povo?
Mudaram, mataram, morreu?
Talvez
morri eu.
Ana Fuentes Garcia

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Debatendo com um ex companheiro trotskysta

Texto de AR    
Assunto: Fwd: Verde: a cor nova do comunismo: A natureza fala pesado e desmente o ecologismo alarmista
Querem deixar a população angustiada? Quem quer e por quê? Porque assim todos vamos querer um governo mundial que nos proteja das guerras, catástrofes naturais, doenças epidêmicas e de tudo. A finalidade é infantilizar a todos e induzir ao Estado Babá - que cuida de tudo, mas lhe tira a liberdade, claro. A ONU, a OMS e tantas outras entidades mundialistas são a base desta Nova Ordem Mundial. É o mundo da Revolução Comunista Gramscista, da New Age, de George Soros et caterva. E o objetivo primeiro da Nova Ordem Mundial é a destruição da economia dos EUA - o único país que ainda pode ir contra as "Uniões", tipo União Européia, Unasul e outros embriões do Governo Mundial. Que Deus nos ajude! Abraços,

Debate com um ex “simpatizante” Trotskysta.

Prezado amigo A.R., você cheirou?
Desculpe, mas às vezes você voa tanto que acho impossível, que alguém em sã consciência pense desta forma.
Quem anda angustiado, você? Quem quer ser protegido, pelo estado, das guerras, catástrofes, doenças endêmicas... Apocalipse, quando o Estado é o responsável direto por esses males ,seja pela ação ou pela omissão?
A humanidade é dona de seu próprio destino, os estados se mostraram ao longo da história não como pais ou “babás”, mas patrões, que usurparam da humanidade o direito de decisão, através de séculos de opressão destruindo as formas de organização autônomas que a humanidade gera para solucionar seus problemas e assumindo as rédeas do controle, sem o retorno dos cuidados que deveria dar à população.
 Liberdade é a medida da necessidade e ninguém abre mão das suas necessidades básicas. Quem fala em liberdade, viveu o período da ditadura em “brancas nuvens”, restringia seus atos de rebeldia em fumar maconha. Os que tiveram realmente sua liberdade cerceada lutaram com todas suas forças, com garra, até com a vida para resistir às investidas do Estado apoiado fortemente pelo Tio San. E só conseguimos recuperar, em parte, esta liberdade, quando a ausência de liberdade começou a oprimir uma parcela maior da sociedade, nas lutas por direitos trabalhistas, salariais, terra; e então se chegou aos (“você tem fome do quê”; ”a gente não quer só comida, quer bebida diversão e arte...”) os estudantes universitários e parcelas da pequena burguesia.
Medo de catástrofes? O mundo, segundo cientistas mais sérios, é conseqüência de uma catástrofe cósmica que através de milhões de anos e muitos acasos, gerou um planeta com possibilidades de vida. Uma vida dinâmica que foi  evoluindo, sendo destruída por outros acasos e transformada até chegar nesse acaso que somos nós, humanos da atualidade.
As catástrofes ainda acontecem e podem acontecer em dimensão maior, dentro de um universo infinito e anárquico. Mas temos que reconhecer a nossa competência em também propiciar a autodestruição. A perspectiva de vida humana aumentou bastante nos últimos séculos, a mortalidade infantil diminuiu sensivelmente. È lógico que esses benefícios não atende às ex-colônias africanas, asiáticas e mesmo latinas americanas (embora o Brasil seja um dos beneficiados). Mas embora se dê condições de sobrevida, não se dá condições dignas de sobrevivência.
O estado capitalista diminui drasticamente os benefícios sociais (aposentadoria, assistência médica, medicação, escolas, moradia...) e essa carência nas pontas (infância e velhice) acabam por provocar um genocídio no meio (juventude, idade adulta) através da violência, do narcotráfico, desemprego, da falta de estrutura mínima para que as pessoas possam viver e conviver socialmente de forma produtiva. Esses são os males do sistema capitalista que vê a necessidade do lucro sempre em curto prazo e (em nome da dita “liberdade”) se recusa a uma planificação econômica que responda às necessidades básicas da humanidade.
Uma forte indústria de guerra proporciona a matéria prima para genocídios, para infindáveis guerras, grupos de extermínio. Depois da segunda guerra mundial, na verdade, o mundo não teve um período real de paz. Vivemos a decadência do sistema financeiro, a luta  feroz de povos contra povos, crimes hediondos contra o direito de migração, contra o modo de vida do outro (a intolerância social).
Mas acredito que a humanidade tem a capacidade de pegar seu destino nas mãos e através de organizações próprias possa destruir o estado “patrão, ou babá “(como você o chama) que até hoje só o oprimiu. Construiremos uma nova base de organização social.
Levará tempo?Sim.
Isso nos livrará de riscos de novos acasos que destruam o planeta, ou parte das espécies existentes, como aconteceu com os dinossauros? Não, mas com certeza vai deter a destruição dos recursos naturais em ritmo acelerado como faz atualmente o Estado Burguês.
Mas a vida é isso, é viver o hoje, sonhar o amanhã como se fosse possível garanti-lo, não por motivos individualistas, amores familiares de perpetuação da família, mas pelo amor a humanidade, a vida e a certeza da possibilidade de um futuro cada vez melhor, mas sobre outras bases que não as do mundo capitalista que vivemos.
Ana Fuentes      


 

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Sindicato X Luta de Classe

Quando o executivo está nas mãos do Partido que se diz dos Trabalhadores e faz todas as alianças com a burguesia. Quando o movimento mostra-se num descenso, e o proletariado se afasta das suas antigas formas de organização procurando-as apenas como um departamento Assistencial.E paralelamente a isso vimos  acontecer fatos isolados de Ocupação de Fábricas que apontam para uma forma de luta mais radicalizada e que não encontra o devido respaldo no movimento sindical ou mesmo no talo governo eleito sob a bandeira do Partido dos "Trabalhadores". Acho que é chegado o momento de se começar uma reflexão sobre as formas organizativas existentes e o respaldo que elas oferecem às lutas do proletariado. 
Ana Fuentes Garcia  
Há um século, os operários já lutavam para impor à burguesia suas organizações sindicais. Hoje, os governos da burguesia tudo fazem para que os operários em luta não ultrapassem os sindicatos e não continuem a abandonar essas organizações.
Os sindicatos ainda são organizações que defendem os interesses da classe operária? Ou será que, atualmente, limitam e até impedem a luta dos operários contra o ataque permanente da burguesia às suas condições de existência?
Depois da primeira guerra mundial, os sindicatos tornaram-se parte do aparelho do Estado capitalista.
O capitalismo não é mais reformável. Para sobreviver e incapaz de resolver a crise econômica, impõe uma dominação cada vez mais totalitária: o estado tornou-se uma máquina gigantesca que absorve e controla toda a vida social. “Democrático”
Portanto, o sucesso de uma luta operária depende diretamente da capacidade de impor uma relação de forças desfavorável ao Estado capitalista. Ou seja, da capacidade de afirmar de maneira intransigente seus próprios interesses de classe contra os do capital: a lógica exploradora do lucro.
Por isso, a extensão constitui a principal dinâmica de uma luta operária autônoma. Só a unidade e a organização dos proletários em luta é capaz de impor, ainda que momentaneamente, uma relação de forças que obrigue o Estado a recuar e questione a barbárie do capital.
A luta sindical separa o econômico do político e enquadra o proletariado no interior da opressão econômica capitalista, segmentando-o em setores, ramos e nações. É, pois, totalmente inadequada e nociva. O sindicalismo não fortalece a classe operária. Ele a divide e condena à derrota.
A perspectiva da luta operária para enfrentar o capitalismo deveria ser a de assumir cada vez mais um conteúdo anticapitalista, afirmando seu caráter de classe e assim sua unidade, destruindo todas as barreiras: corporativistas, setoriais, raciais, nacionais, sindicais.
Por isso, a classe operária tem de desconfiar das organizações sindicais, por mais "radical" que seja o discurso que as apóia. É o conjunto dos trabalhadores em luta que deve organizar e dirigir seu combate.
Intransigência na defesa de seus interesses de classe, extensão da luta e auto-organização são as armas principais de toda luta operária conseqüente no capitalismo decadente.
O futuro da luta operária é o confronto cada vez mais global e generalizado com todos os defensores da ordem estabelecida. Confronto que terminará formulando claramente a alternativa fundamental: barbárie capitalista ou revolução comunista mundial.
O tempo desnuda as contradições profundas que se produziram, durante mais de meio de século de decadência, no sistema capitalista.
O agravamento e a generalização da crise econômica capitalista exacerbaram o antagonismo entre as duas classes principais da sociedade: o proletariado e a burguesia. A crise torna cada vez mais evidente o antagonismo irreconciliável entre a lógica da economia capitalista e as necessidades das massas operárias e da humanidade.
Vemos, na Europa e nos Estados Unidos, um forte movimento nacionalista que procura culpabilizar os migrantes como uma concorrência responsável pelo risco de um futuro desemprego e da diminuição dos benefícios sociais conquistado através das lutas dos trabalhadores e também sustentado pela maior exploração da mais valia nas colônias e países  vítimas da exploração imperialista durante o século XX.
Há uma integração dos sindicatos no Estado Capitalista.;
Diante da impossibilidade de reformar o capitalismo, em benefício da classe operária,a necessidade de uma resposta política, massiva e radical da classe operária e a impossibilidade de um bom sindicalismo, aprofunda-se a responsabilidade histórica da classe operária pelo futuro da humanidade.
Como entender que os operários abandonem as organizações, que supostamente os defendem, no exato momento em que eles sofrem um ataque sem precedentes?
Cada vez mais os operários recusam o tipo de ação sindical que conduziu tantas lutas a impasses: os "dias de ação" e as greves de algumas horas, as petições aos parlamentares, as ações simbólicas etc. encontram um eco cada vez menor entre os operários, cuja desconfiança com relação de seus "representantes oficiais" só faz aumentar.
Os sindicatos foram desmascarados como instituições estatais. Sua impotência diante dos ataques da crise capitalista é evidente, além da função assistencial  que eles desempenham, mais ou menos bem –servem de agências do capital no encaminhamento das políticas "de austeridade" e "reestruturação industrial" que golpeiam direta e brutalmente as condições de vida dos proletários.
A participação na gestão da crise capitalista
Os sindicatos colaboram na gestão do capitalismo em crise, exatamente como o fizeram na reconstrução do pós-guerra e durante as duas guerras mundiais: convocando para a "defesa da Pátria" e outras capitulações.
Quando a burguesia, para preservar suas margens de lucro, impõe sacrifícios aos trabalhadores, os sindicatos geralmente respondem: "Nada de sacrifícios!" Mas, logo acrescentam: "A menos que eles sejam igualmente repartidos entre todos". Então, ocorrem espetaculares "negociações entre governo e sindicatos", em que a questão nunca é "sacrifícios ou não", mas como organizar a imposição dos sacrifícios.
O resultado dessa farsa - representada por atores cada vez mais desacreditados - é sempre o mesmo: novos sacrifícios para os trabalhadores em proveito do capital. E os sindicatos gritam vitória: "poderia ter sido pior, se não estivéssemos lá".
Interlocutores oficiais do governo e representantes oficiais dos trabalhadores, os sindicatos negociam oficialmente as leis anti-operárias e assinam os documentos oficiais que impõem, com a força do Estado, a lógica do capital às condições de vida dos trabalhadores. O sindicato funciona em termos de economia nacional, subordinando-se à lógica do sistema capitalista. E se essa lógica exige mais sacrifícios, cabe aos sindicatos defendê-los perante os trabalhadores, em nome de um "realismo" que consiste apenas em considerar a crise econômica como um "evento natural" – como um terremoto ou uma onda de frio – e o capitalismo como um fenômeno da natureza.
Em nome de tal "realismo", os sindicatos assinam com o governo - de direita ou de esquerda, tanto faz - a redução do auxílio-desemprego e do número dos que a ele têm direito. É como defensores desse "realismo" que eles estão direta ou indiretamente associados à elaboração de todas as medidas políticas e econômicas anti - proletárias. Mas não foi somente porque se tornaram instituições estatais que os sindicatos foram abandonados pelos operários.
Nas lutas abertas, a ação das grandes centrais sindicais aparece cada vez mais claramente aos olhos dos operários como o que ela é: sabotagem.
São inumeráveis as manobras dos sindicatos, que, sabotando greves e mediante a demagogia nacionalista, a tudo recorrem para enquadrar toda revolta proletária.
Desviar as lutas para impasses nacionalistas, isolando-as localmente; impossibilitar a unificação das lutas; canalizar a combatividade para ações ineficazes e desmoralizantes; enfraquecer a solidariedade de classe... Os sindicatos, no mundo inteiro, usaram esses estratagemas para molhar a pólvora social e sabotar as lutas. Exemplos não faltam.
Os sindicatos desviaram a combatividade dos metalúrgicos franceses, em 1979, nas ações contra os trens de minério de ferro alemão aos gritos de "Produzamos francês". Na Polônia, o Solidariedade, com Walesa e a ajuda dos "sindicatos democráticos" do bloco norte-americano, arregimentaram os operários num nacionalismo que os desarmava face à lógica econômica do Estado e os isolava dos trabalhadores de outros países, que eram apresentados privilegiados porque tinham patrões e sindicatos "democráticos".
Isolaram a greve dos mineiros britânicos, apresentando-a como uma luta corporativa. O sindicato dos mineiros, chamado NUM, radicalizou a linguagem para melhor credibilizar a "natureza operária dos sindicatos"... Assim, justificou a recusa de todos os outros sindicatos oficiais em apoiar ativamente a greve dos mineiros.
Os sindicatos confundiram os metalúrgicos de Lorena (França), em 1984, fazendo-os instalar barreiras nas rodovias da região, o que os separava dos trabalhadores das outras regiões, além de os isolar dos companheiros de luta.
Na Alemanha, os sindicatos promoveram uma gigantesca campanha pelas 35 horas para desorganizar a combatividade operária. Uma greve, controlada e dirigida pelos sindicatos, de cidade em cidade, de região em região, de hora em hora, de maneira a evitar todo acúmulo de forças.
Na Itália, os sindicatos canalizaram a raiva proletária para ações espetaculares e inúteis: o bloqueio de trens e a "Marcha em Roma", em março de 1984, que reuniu mais de um milhão de trabalhadores numa deprimente procissão.
Eles enfraqueceram os movimentos de solidariedade dos trabalhadores, usando as coletas financeiras e outras "atividades beneficentes" para substituir a solidariedade ativa no combate. Assim fizeram, com grande reforço publicitário, em nível internacional, tanto na Polônia, como na greve dos mineiros britânicos.
Em todos os casos, o resultado é o mesmo: sabotagem das tentativas de unificação das forças do proletariado.
Gestores da crise capitalista, agentes das políticas anti-operárias, sabotadores da luta proletária, os sindicatos têm tido sempre maior dificuldade para ocultar sua colaboração com a burguesia e sua natureza de engrenagem do Estado capitalista. É por isso que lenta, mas irreversivelmente, os operários abandonam os sindicatos e ignoram suas "ações" e "mobilizações" de fachada.
 Durante aproximadamente meio século, o capitalismo tem conseguido sobreviver, recorrendo a todo tipo de manipulações monetárias e financeiras, destruindo pilares tão importantes quanto a estabilidade do sistema monetário internacional ou o equilíbrio das finanças públicas das nações, jogando com o adiamento, mediante políticas de crédito que só "resolvem" imediatamente os problemas para que eles reapareçam pouco tempo depois, com uma gravidade muito maior.
O capitalismo sobrevive a constantes e extensas crises econômicas.
A classe operária constata a impossibilidade de arrancar reformas duráveis de suas condições de existência. Além disso, o proletariado mundial sofre, da parte do capital, o ataque mais violento, sistemático e generalizado. O mínimo social necessário para sobreviver é colocado em questão. Não luta contra mais um aumento da exploração, mas contra a perda do pouco que se acreditava ter adquirido, luta-se contra a ameaça do empobrecimento absoluto.
A máquina capitalista está travada. Não consegue integrar novos proletários, no ritmo de crescimento da população – o que ocorre há decênios, na periferia do sistema – lança no desemprego as massas proletárias, cujo “sobretrabalho” não pode mais absorver e rentabilizar, tanto nos países subdesenvolvidos como nas metrópoles industriais.
Nos países desenvolvidos, o desemprego cresce sem parar e cada vez mais rápido. Os governos não cessam de anunciar todos os dias novas demissões, e perdas de direitos.
 As "sopas populares" reapareceram em cidades como Paris nos anos 80 e provavelmente será o cardápio da Grécia,Itália , Espanha e Portugal! Mas o desemprego ameaça também os "que ainda têm a sorte de ter um emprego", chantageando-os como um fuzil nas costas. Os salários reais não cessam de baixar, ao mesmo tempo em que um número cada vez maior de famílias operárias tem desempregados sob sua responsabilidade (cônjuges, jovens), acarretando uma diminuição de renda com um maior número de bocas para alimentar.
O chamado "salário social", que o Estado fornece sob a forma de serviços (saúde, educação, salário-família etc.), também sofre cortes brutais. É o que a mídia chama cinicamente de "o fim do Estado-providência".
Se fosse necessário resumir em dois números a acelerada da decadência histórica do capitalismo, bastaria dizer que em plenos anos 80, morreram de fome no mundo mais de trinta milhões de pessoas por ano (mais do que durante os quatro anos da Primeira Guerra Mundial!). Mas os gastos militares mundiais superavam um milhão de dólares por minuto! Uma soma que permitiria não só atenuar o problema da fome, mas eliminá-lo. Enquanto isso, a produção de bens de subsistência em todos os países diminuiu por causa da super produção.
Torna-se cada vez mais claro o antagonismo total entre a lógica das leis econômicas capitalistas (que datam do século XVI!) e os interesses mais elementares da classe operária.
Cada vez mais, a sobrevivência do capitalismo acarreta empobrecimento absoluto dos proletários; a própria sobrevivência dos proletários exige que levem sua luta de classe a níveis cada vez mais globais, unitários, radicais. Só a luta política de massas abre uma perspectiva ao proletariado.
A experiência da luta de classes dos últimos anos confirmou não apenas a necessidade, mas a possibilidade de uma resposta da classe operária.
A única resposta que permitirá ao proletariado quebrar definitivamente a máquina que o explora e oprime cada dia mais é a revolução social: a destruição total da máquina capitalista, a instauração de novas relações sociais fundadas não mais em função do lucro e da acumulação de capital, mas exclusivamente das necessidades humanas.Surgem experiências inéditas em alguns países de Ocupação9 de Fábricas que iam a bancarrota, que geridas pelos trabalhadores passam a dar melhores condições de vida para seus trabalhadores.Mas , da mesma forma que é impossível a experiência do Socialismo em um só país, também a Ocupação das Fábricas, a medida que não se proliferam também apontam para uma futura e desastrosa derrota.
Isto quer dizer que, até lá, os proletários sofrerão passivamente a putrefação de suas vidas, esperando a "aurora do grande dia”. Semelhante conclusão, típica dos pretensos revolucionários de palavra radical e "modernista" (para quem Marx está "ultrapassado"), traduz, além de uma idéia completamente falsa da revolução social, um desprezo do movimento real do combate proletário.
Inicialmente: como poderia uma classe que não aprendeu a lutar e não se defende quando é atacada, encontrar a força e a vontade para se lançar na revolução até a vitória final? A revolução não "substitui" a resistência diária da classe explorada, é sua decorrência. A luta de classes diária é a única escola de guerra de que dispõe o proletariado.
Dada a impossibilidade para o capitalismo de voltar a uma situação de prosperidade, a concentração de todos os poderes no Estado e o reforço dos meios de repressão não implicam que toda luta de resistência está fadada à derrota. Mas, para lograr êxito, toda luta operária deve se dar os meios adequados ao momento e às condições históricas presentes.
Para imobilizar e fazer recuar, mesmo momentaneamente, a ofensiva da burguesia, a classe operária terá de impor uma relação de forças tal que a burguesia não possa avançar sem desestabilizar perigosamente seu poder político. Hoje, mais do que nunca, a única linguagem efetiva, entre as duas classes antagonistas da sociedade, é a da força, da violência de classe.
Essa relação de forças, o proletariado só pode impor:
– recusando toda passividade e resignação;
– unindo todas as suas forças, além das separações profissionais, raciais ou nacionais;
– combatendo diretamente o núcleo do poder burguês: o Estado e seu governo;
– aplicando uma estratégia de classe contra classe, na luta em defesa de seus interesses contra a lógica do sistema.
A experiência das lutas operárias dos últimos anos confirma plenamente esta realidade. Há derrota, completa ou parcial, das lutas que não se estendem, nem se radicalizam. Há êxito quando, ao contrário, a luta se estende, se auto-organiza - de modo unitário, autônomo, coordenado e centralizado - e permanece firme no seu terreno de classe, afirmando claramente seu caráter operário, priorizando as reivindicações comuns e unitárias .                            Quando os trabalhadores de uma fábrica entram em luta, pode parecer "natural" que toda extensão seja orientada para outras fábricas da mesma empresa ou setor (extensão vertical). Mas as experiências mostram que semelhante orientação resulta no isolamento da luta na dinâmica corporativista ou setorial, que enfraquece o movimento em vez de revigorá-lo num combate em termos de classe e de massas. A extensão horizontal, isto é, em direção aos centros de produção mais próximos geograficamente, mais combativos e determinantes politicamente, constitui, ao contrário, um reforço imediato da luta e representa uma ameaça, uma pressão muito mais potente contra a classe dominante. Eis porque ela deve ser prioritária.
A generalização da crise econômica, tendendo a nivelar por baixo as condições de vida de todos os setores da classe operária, cria as condições desta forma de extensão.
Mas a crise econômica aguçou o desemprego, uma ameaça para aqueles que ainda trabalham (desempregados potenciais) e realidade para milhões de outros proletários. A extensão de uma luta é, antes de tudo, a busca da unidade entre operários empregados e desempregados.
A luta dos proletários desempregados representará, desenvolvendo-se, um potente fator de aceleração da unidade e da força de classe. Por não serem ligados a tal ou qual empresa ou setor produtivo, os desempregados em luta são um fator ativo contra as divisões corporativistas e pela unidade do combate de classe. Por dependerem da ação do Estado para sobreviver, os desempregados são forçados a colocar a luta num nível político. Dada a falta de perspectivas de sua existência, no capitalismo em crise mortal, eles são levados a conceber a luta contra a lógica capitalista em termos mais fundamentais.
O problema do desemprego e a luta dos desempregados são fatores de radicalização, de extensão e de dinamização da luta. Desde que os sindicatos não enquadrem essa luta em organismos separados do tipo "sindicato de desempregados", "associações de pobres" etc.
Os últimos anos evidenciaram a necessidade e a possibilidade de que o proletariado estenda e unifique suas lutas, adequando-as às condições históricas, pois os sindicatos se transformaram em engrenagens do Estado capitalista e não haverá luta conseqüente senão fora deles e contra eles.
Os agentes políticos e sindicais da burguesia, em particular nos países industrializados, não nasceram ontem. Têm muita experiência. Tais agentes tentam canalizar a desconfiança - que cresce mais e mais entre os operários - com relação aos sindicatos, para os dirigentes _Estado-Maior_ das grandes centrais, contra essa ou aquela central sindical em oposição às demais. Mantém-se assim a ilusão – ainda forte entre certos trabalhadores – de que pode existir "bom sindicalismo".
O radicalismo verbal dos burocratas e a armadilha do sindicalismo de base
A farsa política utilizada pela burguesia para subjugar o proletariado consiste em empossar "governos de esquerda". Ou, ao menos, em orientar sua ala esquerda para a participação no governo ("Compromisso Histórico" do PC na Itália, "Programa Comum" do PC/PS na França, Partido dos Trabalhadores no Brasil). Ainda são "anos de ilusões". Os "representantes oficiais dos trabalhadores" devem participar do governo para obter dos trabalhadores "sacrifícios momentâneos", em troca de alegres amanhãs. A presença das "forças operárias" no governo serviria para garantir de que os frutos desses sacrifícios trariam benefícios à classe operária...
Mas os amanhãs chegaram e, com eles, o agravamento da crise econômica e da ofensiva capitalistas..
 Os partidos "operários" (Partidos Socialistas, Sociais Democratas ou Democratas em países como a Grã-Bretanha, a Alemanha e os Estados Unidos; Partidos Comunistas nos países latinos),podem  retornar à oposição, retomar uma linguagem "radical", "intransigente", e mesmo "revolucionária", para tentar recuperar a credibilidade indispensável ao exercício de sua função de sabotadores da luta operária.
Na França, o proletariado fez a experiência da "esquerda no governo" mais tardiamente. Mas, em pouco tempo, a realidade se impôs: após três anos de participação do PCF (Partido Comunista Francês) no governo e de descrédito da CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores), a esquerda teve que deixar o governo, voltando à oposição, sob pena de perder todo controle das lutas.
É preciso observar que essa "radicalização da linguagem" não é consensual em todas as centrais, nem mesmo numa delas. Em todos os países, as estruturas sindicais sabem dividir seus papéis: existem os sindicatos que se "radicalizam" e aqueles que são mais "realistas", e depois, dentro de cada sindicato, existem tendências mais "combativas" e outras mais "prudentes". São as duas peças complementares da tenaz sindical. Assim:
– a greve dos mineiros britânicos ficou presa entre o radicalismo passivo do sindicato dos mineiros e seu líder Scargill de um lado, e o "realismo" do conjunto do aparelho dos "Trade-Unions"do outro;
– as lutas dos operários alemães em 84, entre a "combatividade" do IG Metal e a "moderação" do aparelho do DGB;
– a greve dos operários da Talbot na França, no começo de 84, entre o "radicalismo" da CFDT e a "prudência" da CGT;
– as respostas proletárias na Bélgica no começo de 84 entre o tom "intrépido" da FGTS e o "conciliador" da CSC (cristã).
A divisão de papéis entre as centrais é acompanhada de uma outra divisão, no interior das centrais. Há, também, as tendências sindicalistas exteriores às centrais, constituídas no que, de acordo com o país, é chamado de sindicalismo "de base", sindicalismo "de combate", sindicalismo "autônomo" .
É com essas tendências que se choca o proletariado, quando tenta ultrapassar as centrais sindicais. Quanto mais uma luta consegue se desembaraçar da influência direta das grandes centrais oficiais, mais se envolve com o "sindicalismo envergonhado", esse sindicalismo da linguagem e das ações espetaculares, cuja função é a de tentar resgatar o brasão do sindicalismo, essa forma de luta ultrapassada, com uma forma de organização impotente.
O sindicalismo de base critica as "direções" para melhor defender a possibilidade de transformar e de "regenerar" os sindicatos - e, portanto, de neles militar; critica os sindicatos oficiais para melhor defender um sindicalismo "puro".
As organizações "esquerdistas"  (PT,PSOL.PSTU e seus similares em outros paises) especializaram-se nesse tipo de trabalho .Seus militantes são freqüentemente os principais animadores dos últimos restos de vida sindical nas empresas, em tempos de paz social, e os mais hábeis sabotadores da luta em tempos de conflito.
Não existe na nossa época a possibilidade de um bom sindicato. Mas não é porque as grandes centrais sindicais são podres e "vendidas" que o sindicalismo é ineficaz e nefasto para o combate operário. É porque o sindicalismo – isto é a luta por reformas respeitando as leis econômicas dominantes – tornou-se anacrônica no capitalismo em declínio, que os sindicatos, grandes ou pequenos, são inevitavelmente absorvidos pela instituição estatal. Essas tendências que defendem a possibilidade de um "bom sindicalismo" - não importa quais sejam os motivos originais de seus protagonistas - só fazem obstruir o avanço das lutas operárias, em direção ao seu único desenvolvimento possível: a greve de massas, radical, política, auto-organizada. Elas são o último obstáculo que a classe operária terá de superar na luta contra os sindicatos.
Por eficazes que possam ter sido, até agora, as manobras do "radicalismo sindical" para conter o avanço proletário não deixam de expressar uma fraqueza da burguesia.
Estamos muito longe de uma situação como a dos anos 30, quando as grandes centrais sindicais européias dirigiam sem dificuldades as greves operárias, bandeiras e hinos nacionais à frente, na arregimentação nacionalista e bélica. Se os grandes sindicatos têm necessidade de deixar que se exprimam tendências "combativas" e "anti-direção"; se, hoje, o sindicalismo deve, para manter sua credibilidade, vestir a ideologia "anti-sindical",anti-central sindical_ é porque há muito que amadurece nos operários, freqüentemente de forma subterrânea, a consciência da natureza capitalista dos sindicatos e do sindicalismo em geral.
O pior da crise econômica ainda virá. A máquina capitalista não está programada para satisfazer prioritariamente as necessidades humanas, mas para extrair lucro e acumular capital. Quando não pode mais fazê-lo - como é cada vez mais o caso - ela não sabe e não pode fazer outra coisa senão destruir: capital, riquezas, seres humanos. No capitalismo decadente, a guerra mundial, sua preparação e a reconstrução que se segue, tem até agora ritmado a vida da sociedade. No extremo da crise econômica atual, o capital não terá outra "saída" a oferecer que uma terceira guerra mundial, pondo em risco, desta vez, a própria sobrevivência da humanidade.
Mas o modo de produção capitalista não é uma realidade eterna e natural, como não o foram o escravismo antigo e o feudalismo. Como todos os sistemas de exploração, o capitalismo é uma criação humana, um conjunto de relações sociais impostas pelo desenvolvimento das forças produtivas e pelo poder de uma classe. A sobrevivência da humanidade depende diretamente do resultado dessa luta entre as principais classes da sociedade.
Ora, o desenvolvimento das lutas proletárias conduz ao questionamento das leis capitalistas. Ao longo de quase dois séculos, o proletariado mundial mostrou que seus combates são mais do que escaramuças defensivas, dispersas e descontínuas. A luta atual continua a dos "Canuts de Lyon" em 1834, dos operários da Comuna de Paris em 1871, da Revolução Russa em 1905 e 1917, a dos operários alemães durante em 1919 etc. Esta luta, que tem continuidade histórica e uma lógica própria, só poderá desembocar numa revolução social total, trazendo uma nova sociedade na qual, enfim, a humanidade se reapropriará de suas forças produtivas e de sua evolução histórica: o comunismo.
"Atrás de cada greve, esconde-se a hidra da revolução", dizia Lênin. Para quem sabe, segundo Marx, "ver na miséria não apenas a miséria", o atual desenvolvimento das lutas operárias no mundo e, em particular, na Europa ocidental, anuncia a reconstituição e a reunificação conscientes desta força mundial revolucionária que é o proletariado.
Apesar da sabotagem sindical, das enormes campanhas de intoxicação ideológica, da repressão policial, da ameaça do desemprego que pesa sobre cada operário de modo permanente, da cooperação de toda a burguesia internacional frente ao "perigo" proletário, as lutas mais marcantes dos últimos anos traduzem uma combatividade intacta.
A luta proletária só poderá verdadeiramente passar à ofensiva assumindo seu conteúdo internacional, unificando-se através das fronteiras das nações burguesas. A consciência de classe necessária a esta unificação está justamente se forjando na efervescência social mundial que se desenvolve hoje. A simultaneidade atual das lutas operárias no plano internacional constitui a base objetiva sobre a qual deve se desenvolver o movimento, em direção à unificação do proletariado mundial.
É no desenvolvimento conseqüente das lutas atuais que se encontra a única força capaz de liquidar o capitalismo decadente e de oferecer um futuro à humanidade.
É através dos combates de resistência que o proletariado mundial se prepara para assumir suas responsabilidades históricas. Mas o proletariado não pode se emancipar, nem mesmo defender seus interesses mais imediatos sem uma unidade extrema e sem a mais rigorosa e implacável lucidez. Os sindicatos e o sindicalismo, na nossa época, desarmam a classe operária. A classe operária não pode desenvolver sua força e sua consciência sem lutar, fora dos sindicatos e contra eles.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Bem unidos façamos, desta luta a final, de uma terra sem amos, a Internacional

“.....................................
Bem unidos façamos,
Desta luta a final,
De uma terra sem amos
A Internacional .”

A direita organizada, armada avança seja através dos latifundiários e seus jagunços, de movimentos neonazistas nacionalistas, milícias, grupos de extermínio, violência policial gerando mortes na juventude da periferia, narcotráfico.
A barbarie capitalista gestando o "Ovo da Serpente".
Precisamos nos organizarmos para fazer frente aos ataques recebidos. Cada camarada nosso é muito valioso . Não podemos nos silenciar diante tantas perdas. Vamos nos organizar contra esses ataque, e que  fique claro para a burguesia; os tempos de assassinatos impunes precisam acabar e para isso vamos à luta.Não podemos silenciar mais, nem confiar nas vias institucionais morosa e sempre a serviço da burguesia.
[-dos companheiros do facebook: quem espera nunca alcança;]
“ Ana, isso é reflexo da fascistização nos "centros" do poder, Israel e EUA. Eles exportam "sistemas de segurança" -- isto é, métodos de repressão -- testados em campo, com os palestinos como vítimas. Você tem razão quando diz que essa deve ser uma luta internacional. Ou nos engajamos nela ou cedemos espaço para a fascistimilitarização crescente no planeta.)”[continuando no facebook e respondendo:] Que ótimo, fico feliz em saber que há companheiros que tem a mesma visão sobre a questão dos assassinatos que o proletariado  seus filhos e os movimentos sociais...
A questão fica mais grave quando se vê o massacre da Noruega (embora o ataque seja... contra a social democracia, responsável pela prisão e assassinato de Rosa de Luxemburgo e Liebknecht, pela barbarie da 1ª Guerra Mundial e de uma política imperialista). Não se trata apenas de um ataque de um  “louco” como quer agora o governo noruegues e a mídia em geral  classificar. O surgimento e propagação de grupos nacionalistas, nazi-fascistas na Europa, nos Estados Unidos e em vários paises no mundo é uma alerta que deve soar para todos os comunistas em todo mundo.
Até  pouco, os trabalhos “menos dignos” eram entregues para imigrantes, vindos de paises de 3º mundo, de ex colônias, de paises que tiveram suas histórias sugadas pelo imperialismo ou o social imperialismo através do stalinismo (versão do capitalismo de estado depois da degeneração da Revolução Russa, com a morte de Lenin e o isolamento imposto pela teoria de Stalin de “socialismo em um só país” e o assassinato sitemático de todos os revolucionários que participaram da revolução de 1918).
 Hoje, diante da profunda crise sistêmica do capital, há uma diminuição de oferta de empregos e diante da ameaça do desemprego, a burguesia procura culpabilizar o super explorado proletariado imigrante, jogando o proletariado (e a pequena burguesia) dos paises desenvolvidos contra o proletariado imigrante.
Desta forma o principal responsávelo pela crise, que é o sistema capitalista, fica em segundo plano, o ódio é transferido entre o proletariado separado apenas por sua origem geográfica, étnica e cultural. O estado burguês cria legislação restritiva contra os migrantes, alimentando ideológicamente estes movimentos nacionalistas nazo-fascistas que se espalham internacionalmente (contra o “outro” seja ele migrante, imigrante, homossexual, mulçumano, sem-terra, jovem da periferia, etc...).
transloucado nazi-nacionalista mas uma reação às migrações que ocorrem numa Europa que com a crise do capitalismo vê diminuir os empregos; assim quem até à pouco fazia o trabalho rejeitado epla mão de obra dos paises ricos (imperialistas , colonialistas ...).Neste momento, não se deve cometer o erro que os Stalinistas cometeram às vésperas da 2ª guerra e classificar a social democracia como inimiga principal (embora eu tenha certeza que eles não são aliados do proletariado na sua luta pelo socialismo).
-Na Noruega, repúdio ao massacre contra os jovens do acampamento social democrata e aos trabalhadores no Ministério explodido deve ser claro e crítiuco, mostrando a responsabilidade da política social democrata nos fatos que geram a crise que alimenta os grupos de direita e o sentimento anti imigrantes (comentário de um motorista de taxi norueguês: mas se o Anders fez isso porque é contra a imigração, deveria ter matados mulçumanos?!! )[sic]
-No Brasil com um governo petista, com forte matiz social democrata, esses movimentos nacional-nazista, com uma ideologia de intolerância; aparecem mais timidamente, dentro dos centros urbanos, atacando homossexuais, jovens anarquistas da periferia, ateando fogo em moradores de rua...enfim demonstrando sua intransigência contra o “outro”.
Já num patamar mais avançado de organização fascista, temos os latifundiários, os madereiros, as empresas ligadas ao agronegócio, ou mesmo nas milìcias que se formam nas cidades para exterminar os jovens da periferia condenados à morte por policiais e comerciantes ou pelo narcotráfico seus representantes instiucionais que lhes dão respaldo no Congresso, no judiciário, e por omissão no executivo.
São responsáveis por  uma lista enorme de assassinatos. A situação no campo brasileiro é um verdadeiro massacre contra o proletariado rural, e a impunidade somada a morosidade do aparato do judiciário( subordinado aos interesses de classe da burguesia) através da impunidade facilita a eliminação cada vez maior de nossos companheiros.
O estado, através do governo social democrata do PT, e todo aparato institucional burguês, fica inerte diante aos constantes assassinatos ocorridos, e tende a criminalizar os movimentos que defendem os interesses do proletariado.
Como podemos ver, tanto aqui como internacionalmente, a luta é uma só. É a luta contra o Capitalismo com todas suas faces.
Por uma Frente Única em defesa da vida e da liberdade de organização do Proletariado.
Por um mundo sem exploradores e explorados;, por um mundo sem fronteiras: um mundo  Socialista.
Essa barricada deve ser  internacional .                                                                             
Adelante camaradas!  
Vamos à luta.                                                                                                                                        
 
Ana Fuentes Garcia
                                                  

domingo, 7 de agosto de 2011

O que é uma Revolução?

O que é uma Revolução?
Companheiros.
Foi uma boa descoberta este site; (http ://marxist.cloudacess.net/ver/93-what-is-a-revolution.html).
 Algumas questões são relevantes e devem ser aprofundadas diante da tendência forte, que percebo, nas esquerdas de se perderem nos caminhos institucionais. Há dois pontos a ponderar:
1. "tomada de poder" (um processo de tomar o poder de um estado burguês não nos conduzirá a tomada de uma máquina criada com o fim determinado de servir aos interesses da burguesia? Isso não abrirá espaço para a cristalização de uma casta burocrática que se mantenha com um discurso "socialista", mas se mantendo através da exploração da mais-valia do proletariado e transformando o processo revolucionário desencadeado rumo ao socialismo revolucionário, em capitalismo de estado (ou de partido), como aconteceu na URSS?)
 2. “tarefas democráticas”. "A classe trabalhadora deve realizar as tarefas da revolução democrático-burguesa, realizado pela classe capitalista em ascensão nos países desenvolvidos." citado no magnífico Programa de Transição de Trotsky. Isso necessita certa cautela por parte dos revolucionários, pois essas "tarefas democráticas" são impossíveis de serem executadas dentro de um estado burguês, mas só num momento de transição revolucionária, sob o comando dos revolucionários, através dos seus CONSELHOS. A democracia é uma utopia burguesa que só se concretiza num estado sob o controle do proletariado e através de suas organizações revolucionária.
Portanto, companheiros, é um erro investir energia, que devem ser canalizadas para a revolução, num estado burguês, nas suas lutas institucionais. Esse erro tem sido repetido pelas esquerdas (das revisionistas às que se dizem mais revolucionárias) ao longo da história (principalmente após a 2ª Guerra). Trabalhando seu calendário o subordinado às eleições burguesas, as disputas gramiscista em causas secundárias (e impossíveis de serem solucionadas fora do campo da Revolução Socialista) deixando de lado (talvez pela dificuldade de se inserir no movimento operário) o que é fundamental; a Luta de Classe. Transcrevo abaixo a tradução do texto.
Ana Fuentes Garcia  

(recebido por e-mail)
Maziar Razi
Marx explicou que a revolução se faz através do conflito entre as forças de produção em uma sociedade com as relações de forças, ou seja, a forma de propriedade na sociedade. A Revolução é o processo pelo qual este conflito pode ser resolvido.
Quando a burguesia chegou ao poder através da luta contra o feudalismo, eles desenvolveram as forças produtivas. A posse da propriedade era incompatível com o desenvolvimento das forças produtivas sob o feudalismo por isso não havia necessidade de uma revolução imediata contra a burguesia da época. Através de várias décadas temos assistido a contenção do desenvolvimento das forças produtivas, impedindo a melhoria da vida da maioria das pessoas do mundo.
Por exemplo, quando assistimos o resgate de 30 mineiros no Chile presos no subsolo durante mais de dois meses. Por que foram colocados nesta posição, quando temos a tecnologia para extrair materiais ou podemos desenvolver a tecnologia para fazer isso?
A razão é que não é lucrativo para o capitalismo. É o Estado burguês que está impedindo o desenvolvimento das forças produtivas em escala mundial.
A centralidade para o processo revolucionário é a luta da única classe revolucionária, a classe trabalhadora, para derrubar toda a máquina do Estado. Não pode haver compromisso.
Após a Comuna de Paris, Marx disse especificamente que não há outro caminho para alcançar a prosperidade para todos, só através de uma revolução socialista mundial e que o mundo estava pronto para isso. Isso só pode acontecer através da tomada do poder do Estado pela classe trabalhadora, para esmagar todos os elementos do Estado burguês.
Essas idéias foram desenvolvidas após Marx. A Revolução Russa foi baseada nas teorias de Marx e desenvolvida sob o Comintern. Trotsky desenvolveu o pensamento de Marx, em especial no Programa de Transição, explicando a disponibilidade objetiva do mundo para a revolução, mas que é a o impedimento deste processo se deve ao fator subjetivo. Na social democracia de um lado e o stalinismo de outro, representaram uma traição do marxismo.
Quando falamos sobre a revolução, estamos a falando da luta pelo poder do Estado pela classe trabalhadora com a finalidade de começar a desenvolver as forças produtivas o benefício de toda a sociedade.
Mais especificamente um aumento da consciência do proletariado e sua revolta não conduzem obrigatoriamente a revolução e pode converter-se a um movimento para a democracia burguesa. Precisamos analisar todos os elementos, a situação objetiva e o fator subjetivo.
Verificar se as condições atuais estão maduras para desencadear uma situação revolucionária? São os governantes capazes de governar à maneira antiga? A burguesia ainda consegue fazer o 'governado' aceitar os governantes? Existe uma profunda crise econômica na sociedade? Mais importante, saber se a classe trabalhadora pronta para tomar o poder?
Quando falamos sobre a revolução que queremos estamos falando da Revolução Socialista. E as condições estão maduras para uma revolução socialista?
Situações Revolucionárias - quando as condições estão maduras, surgem muitas vezes, particularmente no mundo subdesenvolvido, onde a burguesia é incapaz de desenvolver a sociedade, realizando no mínimo, as tarefas democrático-burguesa. No entanto, a ausência do partido de vanguarda para se preparar para o poder é o fator chave para o fracasso das revoluções. A burguesia dos países subdesenvolvidos é muito ligada à classe capitalista internacional, ou seja, às potências imperialistas, o que as impede de desempenhar um papel progressista que eles tradicionalmente fizeram no passado. Seu papel é agora reacionário. Movimentos sob sua liderança não são revolucionárias e conduzem o proletariado a derrotas, quando se aliam a eles nessas aventuras. Trotsky explica bem esta situação em seu livro Teoria da Revolução Permanente. A classe trabalhadora deve realizar as tarefas da revolução democrático-burguesa,  realizada pelos capitalista em ascensão nos países desenvolvidos.*
Transcrito de parte de uma entrevista por Luta do Trabalho, Outubro de 2010
*2. “tarefas democráticas”. "A classe trabalhadora deve realizar as tarefas da revolução democrático-burguesa, realizado pela classe capitalista em ascensão nos países desenvolvidos." Depois da Revolução Francesa, a burguesia se mostra totalmente incapaz de realizar "tarefas democráticxas", conforme é citado no Programa de Transição de Trotsky.
Isso necessita certa cautela por parte dos revolucionários, pois essas "tarefas democráticas" são impossíveis de serem executadas dentro de um estado burguês, mas só num momento de transição revolucionária, sob o comando dos revolucionários, através dos seus CONSELHOS, de suas formas de organização independente do estado burguês. A democracia é uma utopia burguesa que só se concretiza num estado sob o controle do proletariado e através de suas organizações revolucionária, portanto sempre que ouço "tarefas democráticas" penso sim nas "tarefas revolucionárias".

Ana Fuentes Garcia