Pensamento y Revolução

Pensamento y Revolução
"A emancipação do proletariado é tarefa do próprio proletariado" A História cobra muito caro pelas nossas vacilações.É hora de aprofundsar o combate pela organização internacional do proletariado.As crises do sistema capitalista se avolumam, não é chegada a hora para vacilações. Para que não se perca o trem da revolução numa nova vaga revolucionária que se avizinhe.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Mais uma vez, recebo e-mail com boas supresas.Uma análise limpa e honesta sobre esse falso moralismo Pequeno Burguês, que sai às ruas, sem grandes respaldo popular, com o slogan Fora Corrpução.Absurdo! Uma direita que nos 500 anos de Brasil se alimentou da política corrupta; uma burguesia que traz as mãos manchadas de todos os níveis de corrupção .Quando foram governo tiveram sempre o preceito de empurrar o lixo para debaixo do tapete,demitiram o chefe da Polícia Federal para impedir que ele levasse as investigações que poderiam atingir o governo FHC.Durante a Ditadura exerciam uma censura absoluta e vendiam a imagem de que o país era um mar de rosas e que os militares e a direita eram o exemplo de moralidade.Em nome desta moralidade e com o instrumento da censura puderam ceifar a vida de tantos companheiros e desviar milhões de dolares. Agora com todos seus acertos e desacertos, quando um governo dirigido pelo Partido dos Trabalhadores expõe as feridas do sistema, a pequena burguesia se faz de indignada. E uma esquerda irresponsável, se une a essa direita acenando as mesmas bandeiras sem se dar conta dos objetivos excusos que se escondem atrás destas manifestações chamadas pela direita. Parabéns ao companheiro Percy que assina a matéria e o querido companheiro Alfredo que me enviou o e-mail.[  
Ana Fuentes Garcia
Reflexão sobre a luta contra a corrupção. Debate muito importante para a esquerda na atual etapa da luta política, principalmente no Brasil. 
Qual deve ser a política da esquerda diante da corrupção?
13 de setembro de 2011
No último 7 de setembro, além das tradicionais manifestações do Grito dos Excluídos, promovidas pela Igreja e por organizações de esquerda, em várias capitais do país ocorreram manifestações contra a corrupção.
Apesar da propaganda de que os protestos teriam sido “espontâneos” e chamados unicamente pela rede social facebook, não pode haver dúvida de que ele foi de fato organizado pela direita. Não só pelo enorme destaque que toda a imprensa burguesa deu à manifestação, mas inclusive pelas participações “ilustres”, como a do senador Álvaro Dias (PSDB) que acompanhou a marcha e no dia seguinte fez pronunciamento saudando os participantes e o presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante.
Em São Paulo, onde a manifestação foi mais fraca, não passando de 500 pessoas, segundo O Estado de S. Paulo, chegaram a destacar que ela era uma reedição do movimento “Cansei”, à época notoriamente organizado por figuras da direita e da alta burguesia, como o então presidente da Philips e apoiado da Febraban (Federação dos Bancos) e outras organizações da burguesia.
Outro traço direitista típico foi a insistência no caráter apartidário do ato, impedindo a participação de figuras públicas no ato e até mesmo que se levantassem bandeiras de organizações políticas.
Um dos partidos que não puderam mostrar suas bandeiras foi o Psol, grande entusiasta do ato contra a corrupção.
Que a manifestação seja apoiada pelo senador do PSDB, e certamente por todo o partido, é natural, pois a crítica à corrupção é o típico instrumento da direita para, geralmente por meio da pequena burguesia. combater os governos burgueses de tipo nacionalista ou de esquerda.
Mas quem está engrossando em grande medida essas manifestações, é a própria esquerda pequeno-burguesa, como PSOL e PSTU. Em Brasília, não só o PSOL, mas outras organizações de esquerda participaram da manifestação contra a corrupção, enquanto o Grito dos Excluídos tinha o mesmo mote. Em Minas Gerais, os dois atos chegaram a se fundir, como noticiou alegremente o PSTU em seu site.
Tanto PSOL como PSTU são grandes entusiastas da luta contra a corrupção, o que só os torna grandes colaboradores da direita brasileira.

O empenho em combater o governo do PT, que é evidentemente corrupto, esconde que os outros, em especial a oposição burguesa, também são.
É evidente que a acusação de corrupção é a principal arma da direita contra o governo do PT e se a questão está sendo levantada não é porque queiram moralizar o Estado, mas sim para desmoralizar o PT com vistas às eleições de 2012.
A campanha contra a corrupção foi o grande mote da direita no século XX. Foi o lema da direita pró-imperialista argentina contra Perón, assim como o foi contra Getúlio Vargas. Foi assim a grande isca com que a direita fisgou a pequena burguesia em toda a America Latina para defender seus interesses contra os governos nacionalistas ou esquerdistas, servindo invariavelmente como preparação para os golpes militares.
O fato de a esquerda pequeno-burguesa embarcar com tudo nessa campanha mostra a desorientação, no que diz respeito à luta dos trabalhadores, e um alinhamento com a direita pró-imperialista.
Os trabalhadores não devem se iludir com a fantasia da luta contra a corrupção. A corrupção é a base de funcionamento da sociedade capitalista, de modo que não há corruptos e honestos, mas apenas corruptos. O Congresso Nacional não pode ser moralizado. Não são apenas os corruptos do PT, PCdoB e PMDB que tem que sair. É preciso em primeiro lugar repudiar as tentativas de substituir o Congresso Nacional corrupto por qualquer outra fórmula mágica apresentada para solucionar o problema, como os juízes, o Executivo, as forças armadas, que acabam sempre se revelando mais corruptos que seus antecessores. Em lugar disso, é preciso exigir o “fora todos eles” com vistas a um governo dos trabalhadores.
Perci Marrara
twitter: percimarrara29

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